O que é real, um mapa ou o território?


Pensou na resposta?

Um cientista norte-americano de nome Alfred Korzybski desenvolveu um trabalho de PNL (Programação Neurolinguística) onde há uma premissa: "O mapa não é o território". 

O que significa essa premissa?

Mapa é a percepção que alguém que o "desenhou" teve durante sua observação de um território. 
Se olharmos somente o mapa não estaremos enxergando o que é real, pois se os mapas são interpretações de quem vê, ao olharmos uma reprodução do território desenhada por outro estaremos olhando pelos "olhos" deste outro, o que muitas vezes pode levar-nos tanto a equívocos de dedução ou preconceitos, até a percebermos o quão equivocados estamos ao deixarmos nosso mapa tão limitado ao nosso mundo com base em informações que não correspondem à realidade dos fatos.

Enquanto o mapa é a percepção, o território é a realidade. Por exemplo, Maria costuma dizer que mulheres não são honestas quando amigas de outras mulheres e que por este motivo dá preferência a manter amizade com homens. Este é um mapa de Maria, que tem por base suas próprias experiências, seu mundo, mas outras tantas mulheres podem ter opiniões divergentes desta, visto que suas melhores amigas são pessoas do mesmo sexo. 

Logo, o mapa de Maria não vem a ser necessariamente a verdade, pois talvez ela não tenha conseguido selecionar bem pessoas do mesmo sexo para serem suas amigas.
O território real é muito mais abrangente que a percepção que Maria tem em seu limitado mundo.

No coaching notamos que diversas são as ocasiões em que nossos coachees nos procuram por uma necessidade em melhorar seus mapas, buscando adquirir uma percepção mais ampla do território para que possam refinar sua percepção do mundo a sua volta.

A cada novo coachee nota-se que há uma necessidade em descobrir onde os mapas do mundo deles pode auxiliar-nos a notar onde estão pequenos demais e onde estão incompletos. 
Uma coisa muito interessante é que sempre deve haver um encorajamento para que o coachee preste mais atenção aos mapas de outros e assim refine seus próprios mapas. 

E você, já pensou em como são seus mapas?


Comentários

  1. Nunca confie inteiramente num mapa, o Acre por exemplo, tá no mapa mas não existe, é uma invenção da Globo, o Acre fica dentro do Projac.
    ...
    Falando sério, sempre vejo pessoas menosprezando os "mapas" de outras quando estes "mapas" alheios não estão de acordo com as suas experiências pessoais. É sempre cômodo e preponente chegar a conclusão de que se alguém chegou a conclusão de um "mapa" totalmente diferente do seu, é porque ou ela é ignorante, ou burra mesmo. Nos enriqueceríamos muito mais se entendêssemos que essa variação tão grande de "mapas" sobre um mesmo "território" não deriva apenas de incapacidade ou ignorância, mas do fato de que a percepção do "território" sofre sua maior variação justamente porque o mecanismo de percepção de cada individuo é muito pessoal. Existem filtros de juízo de valor, também de preferência em determinados canais sensoriais. E digo mais, para se absorver as informações que formarão o "mapa", a reação pós absorção baseada na conexão das informações recém percebidas, com a bagagem que o individuo já trás consigo, também definem que informações serão privilegiadas e retidas e quais serão descartadas ou suprimidas. Isso tudo formará os mais diversos "mapas" entre pessoas do mesmo "território". Mais inteligente seria compreender o mecanismo e as experiências que levam outros a formarem um mapa diferente do seu, se perguntar porque eles sentem e percebem diferente, melhor isso do que simplesmente descarta-los por estarem "errados", ao menos de acordo com o seu mapa. Isso enriqueceria muito a sua forma de perceber o "território".

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